Testemunhas que se recusarem a depor podem ser multadas

Por Adriana Aguiar — De São Paulo
26/11/2019

As testemunhas arroladas nos processos trabalhistas que se recusarem a depor, sem motivo justificado, passam a ficar sujeitas a multas entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, segundo a Medida
Provisória (MP) n° 905, que instituiu o Contrato de Trabalho Verde Amarelo e tem sido chamada de nova reforma trabalhistas.

Essas multas, já previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CL T) desde 1975, tinham caído em desuso, uma vez que os valores estavam muito desatualizados e variavam de Cr$ 5 a Cr$ 500. Agora, com as pesadas multas impostas poderão ser novamente utilizadas pelos juízes.

Até a edição da MP o que ocorria com mais frequência nesses casos é a chamada condução coercitiva – na qual um oficial de justiça vai com força policial intimar a testemunha para depor -, segundo o advogado Fabio Medeiros, do Lobo de Rizzo. “Agora com a atualização desses valores, as multas podem começar a ser aplicadas e o juiz poderá decidir o valor em cada caso”, diz.

A alteração atualiza o artigo 730 da CL T e estabelece a utilização das multas previstas no inciso II do caput do artigo 634-A. As multas são fixadas de acordo com a natureza leve, média, grave e gravíssima e variam de R$ 1 mil a R$ 10 mil.

Segundo o advogado Leonardo Mazzillo, do W Faria Advogados, essa classificação, sob o ponto de vista de técnica legislativa, “é uma aberração”. Para ele, não se poderia classificar um único ilícito (a recusa em depor) em leve, médio, grave ou gravíssimo. “Isso não faz sentido.”

Mazzillo afirma que poderia se estabelecer uma gradação de multas, de acordo com a situação econômica da testemunha, por exemplo, mas não fazer com que a mesma conduta possa ser classificada de forma diferente. “Isso, evidentemente, é um caso clássico de má técnica legislativa que provavelmente será reformada antes da conversão em lei”, diz.

https://valor.globo.com/legislacao/noticia/2019/11/26/testemunhas-que-se-recusarem-a-depor-podem-ser-multadas.ghtml

Entre em contato conosco!

La excelencia técnica, la atención personalizada y el enfoque son parte de nuestros valores. Indicamos el mejor camino y ayudamos a nuestros clientes en la ejecución.
Logo WFaria
rubens-solza-perfil

VICTOR CORRADI

Socio

Socio

Graduado por la Pontificia Universidad Católica de São Paulo (“PUC-SP”), Corradi tiene un MBA en Gestión Tributaria por FIPECAFI y una especialización en Derecho Tributario por el Instituto Brasileño de Estudios Tributarios – IBET.

Correo electrónico: vcorradi@wfaria.com.br

Logo WFaria
victor-corradi-perfil

RUBENS SOUZA

Socio

Graduado por la Pontificia Universidad Católica de São Paulo (“PUC-SP”) y con un LLM en Derecho Tributario por el INSPER, Rubens es fundador del Grupo de Estudios de la Reforma Tributaria (“GERT”) y especialista en Contencioso y Asesoramiento Tributario.

Correo electrónico: rsouza@wfaria.com.br

Logo WFaria
hitalo-silva-perfil

HÍTALO SILVA

Socio

Máster en Derecho Estadounidense (LL.M.) con énfasis en Transacciones Comerciales Internacionales de la University of Missouri-Kansas City (UMKC) School of Law. Hítalo también tiene un Máster en Fashion Law de la Universidade Presbiteriana Mackenzie y es especialista en sistemas jurídicos contemporáneos por la Universidad Complutense de Madrid – UCM.

Correo electrónico: hsilva@wfaria.com.br